Conhecido como o poeta que introduziu o simbolismo em
Portugal, Eugénio de Castro e Almeida nasceu em Coimbra, a 4 de Março de 1869.
Mais tarde, numa segunda fase da sua obra integrou a corrente neoclássica, como
se pode ler nos poemas escritos já em pleno séc. XX. Eugénio de Castro
faleceu em Coimbra, no dia 17 de Agosto de 1944. (ver outras publicações sobre o autor neste blogue)
Eugénio de Castro
Poeta Português
TRÊS ROSAS
Sempre, mas sobretudo nas brumosas
Horas da tarde, quando acaba o dia,
Quando se estrela o céu, tenho a mania
De descobrir, de ver almas nas cousas.
Horas da tarde, quando acaba o dia,
Quando se estrela o céu, tenho a mania
De descobrir, de ver almas nas cousas.
Pendem deste gomil três lindas rosas;
Uma é rosada, a outra branca e fria,
Rubra a terceira; e a minha fantasia
Torna-as humanas, vivas, amorosas.
Uma é rosada, a outra branca e fria,
Rubra a terceira; e a minha fantasia
Torna-as humanas, vivas, amorosas.
Sei que são rosas, rosas só! mas nada
Impede, enquanto cai lá fora a chuva,
Que a minha mente a fantasiar se ponha:
Impede, enquanto cai lá fora a chuva,
Que a minha mente a fantasiar se ponha:
Por ser noiva a primeira, é que é rosada;
Branca a segunda está, por ser viúva;
A vermelha pecou ... e tem vergonha!
Branca a segunda está, por ser viúva;
A vermelha pecou ... e tem vergonha!
Eugénio de Castro
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