quinta-feira, 21 de julho de 2011

APELO PÚBLICO

Link para: MuDA
Movimento Unidade Desenvolvimento de Alandroal

APELO PÚBLICO

Em Janeiro deste ano a Dra. Fátima decidiu aceitar o cargo de Chefe de Serviços num Centro de Saúde de Évora. Um cargo correspondente ao topo da carreira médica na administração pública e desempenhado a tempo inteiro.

Foi uma opção sua. Nunca ninguém lhe manifestou outra vontade que não fosse a sua permanência a tempo inteiro na câmara.

Nesse momento, pediu para ficar com dois pelouros - Acção Social e Saúde - durante um período de transição de 3 meses, «de modo a completar o trabalho iniciado (…) e a permitir uma transição harmoniosa para o próximo responsável». Situação com o qual o MuDA concordou por ser transitória.

Três meses depois, no final de Março, pediu a suspensão do mandato por três meses, ao mesmo tempo que, na última reunião em que esteve, renunciou aos dois pelouros que até aí detinha.

Agora, passados esses três meses, decidiu regressar em regime de não permanência.

Nesta posição em que se colocou neste momento - a Dra. Fátima apenas assiste às reuniões de câmara de quinze em quinze dias.

Não tem pelouros, não pode ser vice-presidente, não desempenha quaisquer outras funções, não pode sequer assinar um cheque ou um ofício.

Mas nesta posição ocupa o único lugar de tempo inteiro a que o MuDA tem direito além do presidente.

Nesta posição obriga o presidente a acumular todos os pelouros que não estão entregues ao vereador da CDU e a desdobrar-se em muitas outras tarefas que deviam estar distribuídas pela equipa.

Nesta posição reduz a equipa de tempo inteiro da câmara em duas pessoas.

O trabalho de uma pessoa à distância, por maior que seja a dedicação, nunca equivale ao trabalho que pode ser desenvolvido por duas pessoas em permanência!

Quem beneficia desta situação? Não são os munícipes, não é o Concelho.

O MuDA considera esta situação contrária ao compromisso que assumiu com a população de ter os seus dois eleitos a trabalhar com absoluta dedicação e disponibilidade para servir o Concelho da melhor maneira.

Não queremos acreditar que a Dra. Fátima queira prejudicar o desempenho da gestão MuDA, que tão boa conta tem dado à frente da câmara municipal neste dificílimo ano e meio de mandato. Mas não podemos concordar com esta posição.

Como eleita, a Dra. Fátima Ferreira tem direitos e tem deveres.

Tem o direito a ocupar a cadeira de vereador de 15 em 15 dias nas reuniões de câmara.

Não tem o direito de o fazer sem ouvir e respeitar a vontade do Movimento cujas listas aceitou integrar e que o povo decidiu nas urnas.

Mas tem, sobretudo, o dever de contribuir da melhor forma para o desenvolvimento do trabalho do Movimento pelo qual foi eleita.

O MuDA lança desta forma um apelo sentido à Dra. Fátima.

Um apelo ao seu bom senso e sentido de responsabilidade.

Um apelo para que ocupe o seu lugar a tempo inteiro contribuindo deste modo para que todos possamos honrar da melhor maneira o compromisso assumido com a população.

Um apelo para que trabalhe connosco ou então que deixe trabalhar quem pode.

Se não pode estar a tempo inteiro, apelamos a que reflicta sobre a melhor forma de continuar a ajudar o Concelho, que não é seguramente esta.

Há muitas formas de continuar a ajudar o Movimento e o Concelho sem ser nesta posição e já lhe foram feitas várias propostas.

Apelamos a que oiça a voz do bom senso e da razão porque queremos continuar a contar com o seu apoio e ajuda.


Alandroal, Julho de 2011
Fonte: www.mudalandroal.blogspot.com

2 comentários:

Anónimo disse...

Este apelo dignifica o MUDA e o seu presidente, revelando grande notoriedade política e sentido de responsabilidade.

Força MUDA, força João Grilo... estamos contigo!

Anónimo disse...

Ao que consegui apurar não só o presidente como também algumas pessoas do MUDA falaram com a senhora doutora no sentido de esta regressar a tempo inteiro, com os dois pelouros que detinha (Acção Social e Saúde). A senhora doutora mostrou-se irredutível, mas ao mesmo tempo pretende continuar a ocupar o cargo em regime de não permanência. Uma situação quase inédita no poder autárquico português onde, de uma forma geral, o pedido de demissão do cargo é a tomada de posição mais digna em democracia. Não foi assim com todos os vereadores que renunciaram no tempo de João Nabais?