sábado, 24 de agosto de 2013

POESIA - MATIAS JOSÉ

«Insónia»
Fernando Ureña

INSÓNIA DOS DIAS

Dorme comigo a insónia dos dias…
Meu quarto, janela aberta no muro
Onde o sono vagueia p’las noites frias,
Guarda segredos num silêncio escuro.

Passam as horas, sem haver descanso,
De olhos fechados e mente desperta…
Por que é de noite, eu nunca me canso
Remar contra o tempo em hora incerta.

Soa, longínquo, o cantar madrugador
Do velho galo no seu tom provocador;
P’la manhã, quando pretendo sossegar,

O som da azáfama torna-se assustador!
A insónia persiste, sem me abandonar,
E ao dia peço para a noite não chegar.

Matias José

1 comentário:

Anónimo disse...

SIMPLESMENTE FANTÁSTICO O SONETO "INSÓNIA DOS DIAS". MUITOS PARABÉNS AO POETA MATIAS JOSÉ!