segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

«A ARTE DAS CRIANÇAS EM TEREZÍN»

Um olhar das crianças sobre o «Holocausto Nazi», o maior dos horrores da história da humanidade. A arte é sem dúvida uma das melhores formas de expressar sentimentos, mesmo quando estes transmitem ao mundo a maior das crueldades e incompreensões.

Campo de Concentração de Terezín/ Praga
Conhecido como: «Sala de Espera do Inferno» 

Com os ensinamentos da artista e educadora Friedl Dicker Brandeis, muitas crianças prisioneiras em Terezín (campo de concentração nazista na periferia de Praga), foram desenhando os acontecimentos no campo, que mais tarde viriam a servir como prova no «Julgamento de Nuremberga», onde os criminosos de guerra foram julgados e condenados pelas atrocidades cometidas. 

Das 15 mil crianças que deram entrada na «Sala de Espera do Inferno», como ficou conhecido o campo de Terezín, somente 100 sobreviveram à matança levada a cabo pelo Nazismo. A artista e educadora Friedl Dicker Brandeis, foi executada em Terezín.
Poet'anarquista
Friedl Dicker Brandeis
Pintora Austríaca

«Auto-Retrato em Automóvel»
Friedl Dicker Brandeis
SOBRE FRIEDL...

A artista e educadora Friedl Dicker Brandeis, nascida em Viena, Áustria, dedicou o tempo que passou aprisionada em Terezín para ensinar arte como terapia para muitas das crianças presas com ela. Antes de ser executada, Friedl conseguiu resgatar 4500 desses desenhos, que mais tarde serviram como prova em Nuremberg e que dão um testemunho indelével de toda a barbárie do Terceiro Reich.

Friedl conseguiu fazer as crianças recordarem, através dos desenhos, da vida que tinham antes de serem arrancadas de suas casas, mas elas também colocaram no papel toda a triste e horrível realidade do campo de concentração.

Acima de tudo, com a arte, as crianças podiam transportar-se para um mundo de imaginação e fantasia, um mundo onde o bem prevalecia sobre o mal, onde as pessoas eram livres e a esperança, o caminho logo à frente. São inúmeros os desenhos representando a volta para casa, as cenas cotidianas e o desejo de liberdade. Friedl respeitava plenamente a personalidade de cada criança e deixava que elas derramassem e abrissem suas percepções sobre todas as atrocidades que viam no campo de concentração.

Quando a guerra terminou, somente 100 das 15 mil crianças aprisionadas em Terezín, estavam vivas. Muitos dos desenhos tem uma excelente qualidade, levando-se em conta a idade de seus autores. Sem surpresa, algumas daquelas crianças tornaram-se artistas de renome. É incrível como até mesmo na mais densa das trevas, uma pequena luz pode surgir, e elevar o espírito humano para a liberdade. Em Terezín, esse raio de esperança chamava-se Friedl Dicker Brandeis!
Fonte: www.cannaclub.com.br/

«A ARTE DAS CRIANÇAS EM TEREZÍN»
Terezín, um campo de concentração instalado pelos nazistas na periferia de Praga, que era chamado de «Sala de espera do inferno», foi uma viagem sem regresso para mais de 150 mil judeus cujo destino final era Auschwitz. 15 mil desses prisioneiros eram crianças e pré-adolescentes.

Alfred Kantor, de 17 anos
Escreveu sobre seu desenho: «Tocar a cerca significava morte imediata, ainda assim, 
as pessoas compartilhavam pão, um sorriso… uma lágrima.»

Edita Pollakova, de 9 anos
Desenha a chegada do trem de deportação a Terezín. Edita morreu em 4 de outubro de 1944, 
em Auschwitz.

Liana Franklová, de 10 anos
«Todo mundo tem fome», diz a prisioneira em Terezín.

Yehuda Bacon, de 16 anos
Ao sair de Terezín, Yehuda desenhou o retrato de seu pai, que havia sido assassinado nas câmaras de gás e cremado em Auschwitz. A face do pai, emerge da fumaça de um forno de cremação.

Ella Liebermann, de 16 anos
Mostra como os judeus eram transportados para a morte no gueto de Bedzin, Polónia.

Ella Liebermann, de 16 anos
Os filhos são arrancados dos braços de suas mães no gueto de Bedzin, Polónia.

Ella Liebermann, de 16 anos
Gueto de Bedzin, Polónia.

Ella Liebermann, de 16 anos
Gueto de Bedzin, Polónia.

Helga Weissova, 13 anos
Seu desenho conta que os nazistas obrigaram os prisioneiros a cortar os beliches - A intenção era fazer o barracão parecer menos apertado para enganar a inspeção da Cruz Vermelha.

Helga Weissova, 13 anos
Desenho intitulado: «Chegada a Terezín». Helga chegou ao campo com somente 12 anos. Ela trazia consigo uma caixa de pinturas e um caderno. Helga fez mais de 100 desenhos sobre a vida no campo, seguindo a recomendação de seu pai: «Pinte o que você vê.» Ela foi uma das poucas sobreviventes daquele pesadelo.

Helga Weissova, 13 anos
O último desenho de Helga Weissova, feito fora de Terezín em 1945.

Por aqui- «OUTROS CONTOS»
Poet'anarquista

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