O pintor português Carlos António Rodrigues dos Reis,
conhecido como Carlos Reis, nasceu em Torres Novas, a 21 de Fevereiro de 1863. Integrado
no movimento naturalista, a sua obra notabilizou-se pela aptidão a transmitir
luminosidades. Em 1942, o seu nome foi
atribuído a um Museu em Torres Novas. Carlos Reis faleceu em Coimbra, a 21 de
Agosto de 1940.
Poet’anarquista
Carlos Reis
Pintor Português
«Auto-Retrato»
Carlos Reis
SOBRE O ARTISTA…
Carlos Reis, Mestre Carlos Reis, como era conhecido, nasceu
em Torres Novas a 21 de Fevereiro de 1863, oitavo e último filho de João
Rodrigues dos Reis e de Maria de Jesus Nazaré Reis. Fez a instrução primária em
Torres Novas e, ainda bastante jovem começou a revelar a sua arte em esboços e
desenhos, desenvolvendo talentos que o levariam à sua inscrição em 1881, na
Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa.
Concluído o curso em 1889, obteve do Estado uma bolsa de
estudo que lhe permitiu seguir para Paris para frequentar a Escola de Belas
Artes e os ateliers dos mestres mais considerados.
Em 1887, já em Portugal, toma posse da cadeira de Paisagem
na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde é jubilado e nomeado professor
honorário em 1933.
Carlos Reis foi um pintor notável pela sua aptidão para
transmitir luminosidades. Trabalhador incansável, pintou numerosos quadros,
alguns de grandes dimensões, como os painéis decorativos da Sala de Baile do
Hotel do Buçaco e um retrato de D. Carlos, que se encontra no paço de Vila
Viçosa. Outra obra de relevo encontra-se na Sala do Senado do Palácio de S.
Bento. Pintou também retratos da realeza e nobreza contemporânea, bem como
cenas da vida quotidiana do povo português nos seus aspectos típicos, bodas e
festas. São disso exemplo, Uma Saúde aos Noivos, a Talha Vidrada e o Primeiro
Filho. A sua pintura, cheia de luz e cor, é sobretudo inspirada na natureza,
como se pode admirar por exemplo, em Raios de Sol Ardente e Pôr-do-Sol.
Mas, se Carlos Reis foi um pintor popular, é também
considerado o mágico do branco, para comunicar as transparências da luz, em
expressões inigualáveis, como as de Primeira Comunhão, Asas e Comungantes.
Fundou o grupo Ar Livre, antecessor do Grupo Silva Porto,
onde se reuniram muitos dos seus discípulos, entre eles o seu filho, o pintor
João Reis de quem foi mestre. Exerceu o cargo de director do Museu Nacional de
Belas Artes e depois do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1911 - 1914) onde
está amplamente representado.
Em 1940, ano da sua morte, foi-lhe concedida a Grã-Cruz da
Ordem de Santiago e, em 1942, é atribuído o seu nome ao Museu Municipal de
Torres Novas.
Fonte: http://museu.cm-torresnovas.pt/
«Paisagem do Rio Almonda»
Carlos Reis
«Cantigas d'Amor»
Carlos Reis
«Lousã ao Longe»
Carlos Reis
«Milheiral»
Carlos Reis
«O Baptizado»
Carlos Reis
«O Mendigo»
Carlos Reis
«Os Amores do Moleiro»
Carlos Reis
NATURALISMO/ A GENTIL CAMPONESA
PINTURA CARLOS REIS/ POEMA DE ANTÓNIO ALEIXO
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