sábado, 12 de abril de 2014

«CHAMAR OS BOIS PELO NOME»

«Vamos chamar os bois pelo nome… A “inconseguida” Assunção Esteves!»

«A Razão da Assunção»
HenriCartoon

«A RAZÃO DA ASSUNÇÃO»

-Senhora Presidente, exijo ser ouvido
Nas comemorações do vinte e cinco
D’ Abril, o dia por tantos esquecido...
Assunto sério, com isso não brinco!

-Lamento, senhor capitão d’Abril…
O perigo de inconseguimento é tal,
Que gerou uma crise frustacional…
Ninguém vai abrir boca neste covil!!

POETA
Por Jacinto Furtado
11.04.2014

Irrita-me imenso mas, embora contrariado, por uma questão de honestidade, tenho de estar de acordo com Assunção Esteves e com a sua mais recente declaração “o problema é deles”. Isto a propósito de Vasco Lourenço, em nome dos militares de Abril, ter afirmado que se não podiam falar não estariam presentes na sessão solene comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril.

Confesso que me é, de certa forma, irrelevante se os militares de Abril falam ou não falam na Assembleia da República. Reconheço que não me incomodam as mariquices regimentais ou protocolares que poderiam impedir a intervenção dos militares de Abril no decorrer da sessão solene. A quebra ou a momentânea alteração do protocolo não é de maneira nenhuma grave, basta haver vontade para que tal seja feito.

Grave em toda esta situação é a vergonhosa declaração feita por Assunção Esteves sobre a tomada de posição dos militares de Abril “o problema é deles”. Estas declarações revelam realmente o inconseguimento  de Assunção Esteves enquanto mais alta representante daquela que devia ser a casa da democracia. O seu não conseguimento frustacional deve impedir a senhora de respeitar quem merece respeito, talvez fosse bom alguém lhe explicar que quem não respeita não tem de ser respeitado.

Não pensem que estou a dar o dito por não dito. Bem sei que no inicio deste texto afirmei estar de acordo com a frase proferida por Assunção Esteves. Afirmei e reafirmo, estou de acordo embora as frase ficasse melhor com uma ligeira alteração.

A culpa é deles!

A culpa é deles. Se não fossem os militares de Abril Assunção Esteves não teria, com o seu soft power sagrado a possibilidade de envergonhar a casa da democracia.

A culpa é deles. Se não fossem os militares de Abril Assunção Esteves não estaria reformada aos 42 anos com uma pensão de mais de sete mil Euros após ter “trabalhado” uns miseráveis 10 anos.

A culpa é deles porque permitiram que uma classe parasitária se instalasse no poder olhando apenas aos seus interesses, decidindo em beneficio próprio sem o mínimo de respeito para com o Povo que supostamente deviam representar, e proteger.

A culpa é deles porque assistiram e permitiram que todos os valores que apregoavam fossem sendo destruídos sem nada fazerem.

A culpa é deles porque se acomodaram à pacata e honorifica distinção de serem militares de Abril.

Que raio de treta é essa, o que é um militar de Abril? Um tipo que em Abril é militar e nos restantes meses é um pandego comensal em agradáveis almoços de convívio, é isso que é ser militar de Abril?

Não há militares de Abril. Um militar é militar sempre. Um militar é militar de Janeiro a Dezembro. Um militar, mesmo quando sai do activo, continua a ser militar.

Preocupem-se menos com Abril e mais com os restantes 11 meses.

Preocupem-se mais em cumprir o juramento que fizeram e menos com folclores festivos alusivos a uma data que há muito foi violada, se é que alguma vez foi respeitada.

«Juro, como português e como militar, guardar e fazer guardar a Constituição e as leis da República, servir as Forças Armadas e cumprir os deveres militares. Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida.»

Quanto a Assunção Esteves não vale a pena escrever nada mais, é um total e absoluto não conseguimento perverso.

Vamos chamar os bois pelo nome… A culpa é deles, o problema esse é nosso e enquanto permitirmos continuará a ser nosso!
Fonte: Notícias Online

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