«O Azar»
Charles Baudelaire, por Félix Nadar
«O AZAR»
Com peso tal, não me ajeito;
Dá-me, Sísifo, vigor!
Embora eu tenha valor,
A Arte é larga e o Tempo Estreito.
Longe dos mortos lembrados,
A um obscuro cemitério,
Minh'alma , tambor funéreo,
Vai rufar trechos magoados.
— Há muitas jóias ocultas
Na terra fria, sepulturas
Onde não chega o alvião;
Muita flor exala a medo
Seus perfumes no degredo
Da profunda solidão
Charles Baudelaire
Por aqui:
Poet'anarquista
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