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JOSÉ AFONSO - «Grândola, Vila Morena»
Poet'anarquista
GRÂNDOLA, VILA MORENA
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
José Afonso
PROGRAMA DO MFA
«A Poesia Está na Rua»
Maria Helena Vieira da Silva
São cravos, d' Abril os cravos
Que se fala com desgosto...
Fizeram dos pobres escravos,
Escorrem lágrimas p'lo rosto!
Que se fala com desgosto...
Fizeram dos pobres escravos,
Escorrem lágrimas p'lo rosto!
Eis que vos trago floridos
Cravos vermelhos de Abril,
Regados com águas mil
P’ra não serem esquecidos.
Libertaram-se os oprimidos
Prisioneiros feitos escravos,
Por um Movimento de bravos
Conquistaram-se as liberdades...
Nos campos, vilas e cidades
São cravos, d' Abril os cravos!
Os Ideais estavam traçados
Para a revolução se cumprir,
E os cravos poderem florir
Nos corações esperançados.
Mas vampiros esfomeados
Aos poucos, deixam Abril exposto,
Esse sonho lindo quase morto
Ninguém mais o quis comandar...
É uma Primavera a murchar
De que se fala com desgosto!
Começam então por atraiçoar
Princípios sagrados da revolução,
O sofrimento de uma nação
Quarenta e oito anos a penar.
Abril acaba assim a asfixiar
Do saque aos últimos centavos,
Portugal então sem chavos
Resolve vender-se à TROIKA...
Está cozinhada a paparoca,
Fizeram dos pobres escravos!
As conquistas fundamentais
Que se julgavam garantidas,
Depressa foram esquecidas
Por governantes irracionais.
Vários danos colaterais
Sempre em sentido oposto,
Aos ideais d’um Abril justo
Acabaram por nos tramar...
Vejo um povo a sufocar,
Escorrem lágrimas p'lo rosto!
Matias José
DULCE PONTES - «O Amor a Portugal»
Poet'anarquista
O AMOR A PORTUGAL
O dia há de nascer
Rasgar a escuridão
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção
Rasgar a escuridão
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção
E então:
O amor há de vencer
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar
Na luz do nosso olhar
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar
Na luz do nosso olhar
Um dia há de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal
O amor a Portugal!
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal
O amor a Portugal!
Dulce Pontes
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