sábado, 22 de março de 2014

DÉCIMAS CORRIGIDAS

Correcção do poema enviado ao II concurso de poesia popular, no Alandroal. Pode ler aqui- «II CONCURSO DE POESIA POPULAR», as décimas tal qual as escrevi na altura. 
Poet'anarquista
«Mãos Sábias»
 Poesia Popular

MOTE
(Desconheço Autor)

Caldeta de peixe do rio
Na V mostra do Alandroal
Feita por gente com brio
Não encontra outra igual

*** 

Glosas

Barbo fresco na cozinha…
Poejos da ribeira e tomate,
O alho também faz parte
E meia cebola cortadinha.
Miolo de pão ou farinha
Um decilitro d’azeite de fio,
A pimenta, se assim decidiu
Mais as sopas de pão duro…
Chamam a este sabor puro
Caldeta de peixe do rio.

Num tacho junta-se o azeite
E os temperos, tudo bem pisado,
O peixe previamente arranjado
E a cebola, por cima deite;
Tomate moído nunca enjeite...
Miolo ou farinha da nacional,
Cobrir d’água fria natural
E ferver em lume brando ao fogão,
Servir quente com sopas de pão
Na V mostra do Alandroal.

De diversas formas a arte
Manifesta-se dentro da gente...
Preparar a sopa sabiamente,
No Alentejo um caso aparte!
Se vens de visita desejar-te
Uma boa caldeta à beira-rio,
De todas a que mais aprecio
Com peixe acabado de pescar...
Eis a arte de bem cozinhar
Feita por gente com brio!

Deve ser bem temperada
Uma caldeta com preceito,
Da mesma forma um soneto
Obedece a métrica acertada.
Pelas gentes confeccionada
De sabor único, tão especial,
É neste cantinho de Portugal
Muito apreciada esta iguaria…
Com tal requinte e sabedoria
Não encontra outra igual!!

Matias José

1 comentário:

Anónimo disse...

ESTÃO DE CRESCER ÁGUA NA BOCA. VAMOS À CALDETA QUE AS DÉCIMAS ABRIRAM-ME O APETITE. TUDO BEM TEMPERADO QUE É COMO SE DESEJA. PARABÉNS!