Manuel Caldas disse...
Boa noite, Carlos Camões!
Muito obrigado pelo interesse demonstrado ao meu pedido. Temos notícias. Consegui finalmente encontrar os versos que tinha anotado e através deles o poema completo. Não sei qual o livro onde foi publicado. Todavia, num site encontrei-o com o título "Na Hora Incerta É Portugal Que Vos Fala" e num outro site com o título "Novo Sermão da Montanha". Ao certo, ao certo, não sei se algum deles é o título correcto do poema, ou se tem algum, porém, aqui fica tal como o descobri.
«Novo Sermão da Montanha»
Poema de António Correia d'Oliveira
Os versos que tinha lido à entrada do cemitério de Agramonte no Porto, e me tinham ficado na cabeça de forma "atabalhoada", eram estes:
Os versos que tinha lido à entrada do cemitério de Agramonte no Porto, e me tinham ficado na cabeça de forma "atabalhoada", eram estes:
NOVO SERMÃO DA MONTANHA
"Honra os mortos. É deles
Que tu vens. Deves-lhe culto
Que são os vivos? - A sombra
Dos mortos que fazem vulto.
Portugal assim dizia,
Quase sempre em dor tamanha!
Assim pregou aos seus filhos
Novo Sermão da Montanha.
Honra os teus Mortos. E' deles
Que tu vens. Deves-lhe culto
Que são os vivos? - A Sombra
Dos Mortos que fazem vulto.
- Povo! Povo! eu chamo... Escuta.
Repara em mim: vê e pasma!
Sombra e chagas do que fui...
Fizeram de mim um fantasma.
Onde irei? A ser escravo?
Velho e roto vagabundo
Aos encontrões, ás esmolas,
Aos enxovalhos do mundo...
Povo! em ti, confio e espero
Como foi no tempo antigo.
Hás de salvar-me...Ou ao menos
Saberás chorar comigo.
(Antonio Corrêa d'Oliveira)
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