Correcção do poema enviado ao II concurso de poesia popular, no Alandroal. Pode ler aqui- «II
CONCURSO DE POESIA POPULAR», as décimas tal qual as escrevi na altura.
Poet'anarquista
«Mãos Sábias»
Poesia Popular
MOTE
(Desconheço Autor)
Caldeta de peixe do rio
Na V mostra do Alandroal
Feita por gente com brio
Não encontra outra igual
***
Glosas
1ª
Barbo fresco na cozinha…
Poejos da ribeira e tomate,
O alho também faz parte
E meia cebola cortadinha.
Miolo de pão ou farinha
Um decilitro d’azeite de fio,
A pimenta, se assim decidiu
Mais as sopas de pão duro…
Chamam a este sabor puro
Caldeta de peixe do rio.
2ª
Num tacho junta-se o azeite
E os temperos, tudo bem pisado,
O peixe previamente arranjado
E a cebola, por cima deite;
Tomate moído nunca enjeite...
Miolo ou farinha da nacional,
Cobrir d’água fria natural
E ferver em lume brando ao fogão,
Servir quente com sopas de pão
Na V mostra do Alandroal.
3ª
De diversas formas a arte
Manifesta-se dentro da gente...
Preparar a sopa sabiamente,
No Alentejo um caso aparte!
Se vens de visita desejar-te
Uma boa caldeta à beira-rio,
De todas a que mais aprecio
Com peixe acabado de pescar...
Eis a arte de bem cozinhar
Feita por gente com brio!
4ª
Deve ser bem temperada
Uma caldeta com preceito,
Da mesma forma um soneto
Da mesma forma um soneto
Obedece a métrica acertada.
Pelas gentes confeccionada
De sabor único, tão especial,
É neste cantinho de Portugal
Muito apreciada esta iguaria…
Com tal requinte e sabedoria
Não encontra outra igual!!
Matias José
1 comentário:
ESTÃO DE CRESCER ÁGUA NA BOCA. VAMOS À CALDETA QUE AS DÉCIMAS ABRIRAM-ME O APETITE. TUDO BEM TEMPERADO QUE É COMO SE DESEJA. PARABÉNS!
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