Castelo de Juromenha
Lendas Históricas
JUROMENHA
Supõe-se que foi D.
Diniz que lhe deu o seu brasão de armas, o qual consiste num escudo de
prata, com um castelo cercado de água, pendendo de cada lado das suas ameias dois
grilhões, um de cada lado. O castelo e a água são alusões á vila fortificada e
ao Guadiana que a banha. Os dois grilhões, segundo uns, significam o
privilégio que D. Diniz deu aos seus moradores de não poderem ser mudados para
outra cadeia fora da vila, estando presos, sem que os tribunais pronunciassem
sentença final.
Segundo outros, os grilhões aludem a que, em tempo dos
romanos, neste castelo se prendiam e executavam os criminosos de delitos
graves.
A terceira etimologia de Juromenha diz que, no tempo dos
godos, um rico e nobre senhor quis espoliar a sua irmã Mégnia ou Menha ( Mégnia
é latinizando a palavra Menha, ou esta lusitanizando a primeira) das grandes
riquezas que herdara de seus pais.
Outros dizem que o tal senhor godo pretendeu ter amores
incestuosos com a irmã. Vendo não serem correspondidas as suas ambições, ou o seu criminoso amor, a
prendeu nesse, já então, fortíssimo castelo para ver se sua irmã, pelo desejo
da liberdade, consentia em satisfazer os seus desejos; porém ela recusou-se
heroicamente a isso, dizendo sempre « Jura Menha que não». Deste Jura Menha é
que muitos pensam derivar o nome Juromenha.
O que é certíssimo é que uma das torres do castelo se chama
torre de Menha. Diz-se que foi nela que esteve presa a tal donzela.
Fonte: Portugal Antigo e Moderno
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