E a música de hoje é...
JOSÉ AFONSO - «Alípio de Freitas»
Poet'anarquista
ALÍPIO DE FREITAS
Baía de Guanabara
Santa Cruz na fortaleza
Está preso Alípio de Freitas
Homem de grande firmeza
Santa Cruz na fortaleza
Está preso Alípio de Freitas
Homem de grande firmeza
Em Maio de mil setenta
Numa casa clandestina
Com campanheira e a filha
Caiu nas garras da CIA
Numa casa clandestina
Com campanheira e a filha
Caiu nas garras da CIA
Diz Alípio à nossa gente:
«Quero que saibam aí
Que no Brasil já morreram
Na tortura mais de mil
«Quero que saibam aí
Que no Brasil já morreram
Na tortura mais de mil
Ao lado dos explorados
No combate à opressão
Não me importa que me matem
Outros amigos virão»
No combate à opressão
Não me importa que me matem
Outros amigos virão»
Lá no sertão nordestino
Terra de tanta pobreza
Com Francisco Julião
Forma as ligas camponesas
Terra de tanta pobreza
Com Francisco Julião
Forma as ligas camponesas
Na prisão de Tiradentes
Depois da greve da fome
Em mais de cinco masmorras
Não há tortura que o dome
Depois da greve da fome
Em mais de cinco masmorras
Não há tortura que o dome
Fascistas da mesma igualha
(Ao tempo Carlos Lacerda)
Sabei que o povo não falha
Seja aqui ou outra terra
(Ao tempo Carlos Lacerda)
Sabei que o povo não falha
Seja aqui ou outra terra
Em Santa Cruz há um monstro
(Só não vê quem não tem vista
Deu sete voltas à terra
Chamaram-lhe imperialista
(Só não vê quem não tem vista
Deu sete voltas à terra
Chamaram-lhe imperialista
Baía da Guanabara
Santa Cruz na fortaleza
Está preso Alípio de Freitas
Homem de grande firmeza
Santa Cruz na fortaleza
Está preso Alípio de Freitas
Homem de grande firmeza
José Afonso
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