O maior poeta do romantismo inglês, William Wordsworth, nasceu em Cockermouth, a 7 de Abril de 1770. Com o seu amigo, e também poeta inglês Samuel Taylor Coleridge, lançaram uma publicação conjunta em 1798, «As Baladas Líricas», obra que é considerada impulsionadora do romantismo na literatura inglesa. William Wordsworth faleceu em Rydal Mount, a 23 de Abril de 1850.
Poet'anarquista
William Wordsworth
Poeta Inglês
SOBRE O POETA...
William Wordsworth nasceu em 7 de abril de 1770 em
Cockermouth, Inglaterra. O poeta fez parte do movimento romântico inglês.
Wordsworth tratou do sentimento interno e contra a razão, características do
romantismo.
Wordsworth perdeu a sua mãe aos oito anos e o seu pai cinco
anos mais tarde. Teve em sua irmã, Dorothy Wordsworth, uma grande companheira e
amiga, viveram juntos por muitos anos, e foi ela quem o ajudou em muitos aspetos,
inclusive na literatura.
Wordsworth estudou na universidade de Cambridge e durante a
sua fase de estudante publicou o seu primeiro soneto na «The European
Magazine». Em 1795 conheceu Coleridge e com a sua colaboração escreveu e
publicou «Lyrical Ballads».
Era conhecido, juntamente com Coleridge, como «Lake Poets»
por terem morado no «Lake District». Em torno de 1798 começou a escrever um poema
autobiográfico, que ficou pronto em 1805 e só foi publicado em 1850 após a sua
morte com o título, «The Prelude».
Os trabalhos principais de Wordsworth foram produzidos entre
1797 e 1808. Os seus últimos poemas não tiveram a mesma aprovação da crítica.
No fim de seus dias, Wordsworth abandonou os seus ideais radicais e tornou-se
patriota e conservador.
Wordsworth morreu em 23 de abril de 1850.
Fonte: www.letras.ufrj.br/veralima/romantismo/poetas/wordsworth.html
PRELÚDIO
E eu senti
Uma presença que me perturba
com a alegria
De elevados pensamentos;
um sentido sublime
De algo mais profundamente entremesclado,
Cuja moradia é a luz dos poentes
E o redondo oceano
e o ar vivo.
E o céu azul,
E na mente do homem:
Um movimento e um espírito
que impelem
Todas as coisas que pensam,
todos os objetos de todo o pensamento,
E que rola através de todas as coisas.
William Wordsworth
ELA ERA UM ESPÍRITO DA ALEGRIA
Ela era um Espírito da alegria
Quando a vi no primeiro dia;
Bela Aparição brilhante
Enviada ao encanto do instante;
Seus olhos, como o Crepúsculo sereno;
Como o Crepúsculo, seu cabelo moreno;
E tudo mais que a envolvia
À Aurora e à Primavera pertencia;
Forma dançante, imagem a alegrar?
A surpreender, assolar e assombrar.
Quando a vi no primeiro dia;
Bela Aparição brilhante
Enviada ao encanto do instante;
Seus olhos, como o Crepúsculo sereno;
Como o Crepúsculo, seu cabelo moreno;
E tudo mais que a envolvia
À Aurora e à Primavera pertencia;
Forma dançante, imagem a alegrar?
A surpreender, assolar e assombrar.
Olhei-a de perto, lá estava ela,
Um Espírito, mas também uma Donzela!
Seu movimento leve, solto e frugal,
E passos da liberdade virginal;
No semblante se encontraram as nuanças
Das doces promessas e doces lembranças;
Criatura nem brilhante ou boa demais
Para os afazeres cotidianos e normais,
Ou a sofrer passageiro e simples desejos,
Louvor, culpa, amor, lágrimas, sorrisos e beijos.
Um Espírito, mas também uma Donzela!
Seu movimento leve, solto e frugal,
E passos da liberdade virginal;
No semblante se encontraram as nuanças
Das doces promessas e doces lembranças;
Criatura nem brilhante ou boa demais
Para os afazeres cotidianos e normais,
Ou a sofrer passageiro e simples desejos,
Louvor, culpa, amor, lágrimas, sorrisos e beijos.
Com os olhos tranquilos posso contemplar
Desta máquina o verdadeiro pulsar;
Um ser que, pensativo, respira forte;
Um Viajante, em meio à vida e à morte;
A razão firme, a vontade temperada,
Uma perfeita Mulher soberbamente forjada;
Paciência, visão, habilidade e poder,
Para alertar, confortar e reger;
E ainda um Espírito com fulgor magistral,
Com algo da luz angelical.
Desta máquina o verdadeiro pulsar;
Um ser que, pensativo, respira forte;
Um Viajante, em meio à vida e à morte;
A razão firme, a vontade temperada,
Uma perfeita Mulher soberbamente forjada;
Paciência, visão, habilidade e poder,
Para alertar, confortar e reger;
E ainda um Espírito com fulgor magistral,
Com algo da luz angelical.
William Wordsworth
ESCRITO NA PONTE DE WESTMINSTER, A 3 DE SETEMBRO DE 1802
Não tem a terra nada mais belo para mostrar
Pobre de espírito seria aquele que pudesse ignorar
esta visão tão comovente na sua majestade
Como um traje veste agora esta cidade
a beleza da manhã. Silenciosas e nuas
torres cúpulas navios teatros catedrais a prumo
erguem-se no céu e estendem-se pelas ruas
brilhantes e reluzentes no ar sem fumo
Nunca o sol se ergueu com tanta alma
por sobre vales rochedos e colinas
nunca vi nunca senti uma tão profunda calma
O rio desliza consoante o seu desejo
Meu Deus o casario parece que dorme
Dorme também aquele coração enorme
Não tem a terra nada mais belo para mostrar
Pobre de espírito seria aquele que pudesse ignorar
esta visão tão comovente na sua majestade
Como um traje veste agora esta cidade
a beleza da manhã. Silenciosas e nuas
torres cúpulas navios teatros catedrais a prumo
erguem-se no céu e estendem-se pelas ruas
brilhantes e reluzentes no ar sem fumo
Nunca o sol se ergueu com tanta alma
por sobre vales rochedos e colinas
nunca vi nunca senti uma tão profunda calma
O rio desliza consoante o seu desejo
Meu Deus o casario parece que dorme
Dorme também aquele coração enorme
William Wordsworth
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