Repescando umas décimas que escrevi, e a propósito dos
inúmeros casos de corrupção que vão sendo conhecidos dos portugueses (para
muitos isto não é nada de novo, e outros há que vêm alertando a opinião pública
para o flagelo da corrupção - leia-se crise que nos roubou todos os direitos
consagrados e deixou o país na miséria e endividamento), mesmo assim querem nos
fazer crer que vivemos acima das nossas possibilidades e que é o povo o grande
culpado de toda esta situação de desastre económico. Até quando o povo vai
aguentar esta mascarada encapotada?
Poet'anarquista
«Desigualdades Sociais»
O Flagelo da Corrupção
REFLEXÃO...
Décimas Populares
MOTE
Esta mascarada enorme
Com que o mundo nos aldraba,
Dura enquanto o povo dorme,
Quando ele acordar, acaba.
António Aleixo
Glosas
1ª
Demora esta gente pra acordar
Começa a ser grande o desleixo,
Ó grande poeta António Aleixo:
Quando vai o povo despertar?
De norte a sul ouço protestar
A desigualdade é enorme,
Muitos no país já passam fome
E uns poucos a enriquecer,
Só mesmo tu não queres ver
Esta mascarada enorme!
2ª
Promessas são aos centos
Em vésperas d’ eleições,
Esses enganosos camaleões
Logo esquecem os juramentos.
Começam por faltar alimentos
Triste carência em nós desaba,
E ainda quem de tal se gaba
Com tantos a ganhar menos…
Sofrem mais, os mais pequenos,
Com que o mundo nos aldraba.
3ª
Podes enganar muitas vezes
Mas não o tempo todo...
Deixar atolados no lodo
Sempre os mesmos fregueses?
A mentira tem seus reveses
E saciada, já pouco come,
No dia em que se transforme
E desperte do sono profundo…
Esse mau estado moribundo
Dura enquanto o povo dorme.
4ª
Nada é certo eternamente
Eis uma verdade ‘la Palice’,
Cair sempre na mesma idiotice
Não se caie seguramente.
Um idiota quando nos mente
Deixa escorrer saliva e baba,
E pra que ninguém disso saiba
Engole seu cuspo nojento…
Enganas o pobre sofrimento,
Quando ele acordar, acaba!
Matias José
«Eles comem tudo, e não deixam nada!»
1 comentário:
Toda esta postagem magnífica!
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